As linhas guarulhenses à direita de ontem

“Vi suas linha cair pra direita, tipo um pipa penso” (Rashid)

Na última eleição municipal de 2020 em Guarulhos, foi possível observar nos discursos de alguns candidatos a ocupar o cargo de executivo da Prefeitura da cidade um flerte ou uma declaração mais aberta de adesão às pautas capturadas pela direita radical e pela extrema-direita brasileira. Os votos guarulhenses destinados aos candidatos Rodrigo Tavares (PRTB), Nefi Tales Filho (PSL) e Adriana Afonso (PL) podem nos apontar indícios de que há em curso uma guinada enfervecida à direita com a presença de uma retórica e práticas mais chauvinistas e conservadoras na realidade cotidiana deste município da Grande São Paulo.

Outros sinais que irradiam esse processo em andamento seriam a atuação da Direita Guarulhos e Alto Tietê na cidade e a realização do I Simpósio Conservador do Alto Tietê realizado nas dependências do Centro Universitário Metropolitano de São Paulo – FIG-UNIMESP. Conforme indica a redação da Folha Metropolitana (2018), a Direita Guarulhos e Alto Tietê é uma organização política que promove “palestras para difundir as ideias de conservadorismo, patriotismo, nacionalismo e a privatização de algumas áreas do governo”. Aliada aos ideais do atual presidente da República, Jair Messias Bolsonaro (PL), essa organização carrega como o seu lema as seguintes palavras: “Deus, Pátria e Família”.

Esse mesmo lema também foi apontado enquanto uma premissa fundamental dessa direita pelo candidato a prefeito Tavares (PRTB) durante o I Simpósio Conservador do Alto Tietê (GRU DIÁRIO, 2020). Esse evento ocorreu no dia 28 de setembro de 2020 e teve como sede o anfiteatro da FIG-UNIMESP, localizada no bairro da Vila Rosália em Guarulhos. A mesa principal desse simpósio contou com a presença dos deputados federais Eduardo Bolsonaro (PSL), Guiga Peixoto (PSL) e Carla Zambelli (PSL), dos deputados estaduais Valéria Bolsonaro (PSL), Tenente Nascimento (PSL) e Castello Branco (PSL), de Dom Bertrand, do filósofo André Assi Barreto e do presidente do Instituto Burke, Wagner Lima.

Apesar desse lema apresentar uma síntese doutrinária tanto da Direita Guarulhos e Alto Tietê como do espectro ideológico dos organizadores do I Simpósio Conservador do Alto Tietê , ele não é de autoria de nenhum deles. A escolha por esse lema é apenas mais uma apropriação realizada por esses movimentos políticos, assim como tantos outros grupos fizeram no passado e no presente do Brasil, como, por exemplo, a Ação Integralista Brasileira (AIB) e o partido Aliança Pelo Brasil (APL) — que não saiu do papel. “Deus, Pátria e Família” foi proferido originalmente como as últimas palavras do sexto presidente do Brasil, Afonso Pena (1906-1909), em seu leito de morte.

Direita liberal e o abandono do bolsonarismo

Contudo, neste ano o núcleo da think tank Movimento Brasil Livre (MBL) [1] apresentou uma dissidência estratégica, assim como havia feito o governador do estado de São Paulo, João Dória (PSDB), com o governo Bolsonaro. Conforme relatou a redação do Gru Diário (2021), o MBL em Guarulhos “realizou, entre os dias 07 de agosto a 07 de setembro, uma série de ações para tentar mobilizar a população guarulhense a participar do protesto contra o presidente Jair Bolsonaro (PL)”, que aconteceria no Avenida Paulista, em São Paulo, no dia 12 de setembro de 2021. Entre as ações, a matéria destacou os “adesivos e panfletos colados em postes e em pontos de destaque de diferentes vias da cidade” e a colocação de “uma faixa na Rodovia Presidente Dutra e defenderam o impeachment do presidente” (Gru Diário, 2021).

Durante a agitação para a manifestação, um dos coordenadores desse núcleo conhecido como Lazzarini, fez a seguinte declaração: “Apoiamos o protesto pois queremos o impeachment de Jair Bolsonaro. O povo brasileiro está cansado da sua péssima política monetária, do seu despreparo para o cargo e seu descaso com a pandemia da Covid-19. Queremos o fim deste governo e a construção de uma terceira via para as eleições de 2022. Não queremos nem Bolsonaro, nem Lula, nem Ciro Gomes” (Gru Diário, 2021). Essa narrativa construída em torno da “terceira via” — que não passa de uma outra alternativa à direita para a próxima eleição presidencial — evidencia a pluralidade existente no espectro político das direitas. Uma pluralidade que apresenta aproximações e dissidências, convergências e interesses particulares.

Conservadores guarulhenses do passado

No entanto, seria um erro acharmos que essa pluralidade no campo da direita é um fato novo na História da cidade de Guarulhos. Ao retornarmos aos anos 1930 no município, já era possível observar a direita enquanto objeto plural por meio das linhas presentes no jornal Correio do Povo [2], “um seminário independente de Miguel Parente, filiado a Associação Paulista de Imprensa e a União Jornalística Brasileira” (CORREIO DO POVO, 1937, p. 1). Neste periódico, havia espaço para figuras vinculadas às direitas se expressarem através do registro de artigos em suas colunas.

Na edição N° 165, Menotti Del Picchia [3] em seu artigo Alerta, Brasil! defendeu, apesar de tecer duras críticas — que ficaram melhor expressas em A Falência da Democracia Política (1932) —  à democracia liberal burguesa, pois entendia que mesmo “defeituosa”, ela deveria ser reformada, uma vez que a solução da problemática não estava nos “extremismos, nem [no] vermelho e nem [no] verde” (DEL PICCHIA, 1937, p. 2), ou seja, nem no Comunismo e nem no Integralismo Brasileiro [4]. Sendo assim, ele encerrou o seu texto fazendo o seguinte alerta: “Fique alerta o Brasil! Fóra da democracia somente ha a dictadura. E a dictadura é a morte da liberdade é a morte da liberdade individual e o suicidio das liberdades publicas”.

Em oposição à Menotti Del Picchia, M. B. T. na edição N° 169 em seu artigo Psychologia das Revoluções… (1937) defendeu um projeto corporativista integralista ligado a democracia orgânica apresentada por Miguel Reale [5] em uma de suas conferências. M. B. T. enxergava com bons olhos o Integralismo, que é uma doutrina de extrema-direita gestada durante os anos 1930 no Brasil. Isso foi possível observar devido em seu artigo denominado “Milagre da União” (1937) ter exaltado a gestão do prefeito Mateus Alves Conceição filiado ao partido Ação Integralista Brasileira (AIB), que teria herdado os “cofres” do município de Rio do Sul, em Santa Catarina, “sem quaesquer recursos”, da administração anterior chefiada pelo prefeito liberal Victor Buhr, do Partido Liberal Catarinense (PLC).

De acordo com esse artigo, o prefeito integralista teria, “em um curto espaço de tempo”, reerguido “as finanças” de Rio do Sul. Para isso, ele teria contado com o apoio de “um pequeno exercito de voluntarios” camisas-verdes [6], que teriam passado a “dar trabalho sem remuneração á Prefeitura, concertando estradas, boeiros, pontes, etc”. e aqueles que possuíam alguns bens emprestaram dinheiro sem juros para administração municipal com o intuito de efetivar novos contratos no setor de Obras Públicas — que contava apenas com 10 contos de verba orçamentária para o restante do ano (M. T. B., 1937, p. 1).

O esforço realizado por M. B. T. de expor o senso de coletividade entre os integralistas, em seguida, foi apresentado como plano de fundo para adentrar a questão da família, como fica perceptível no trecho: “Elle [o prefeito integralista] tem consciencia de que está em familia, porque é Plinio Salgado quem diz: “Toda a preocupação dos integralistas é formar uma grande familia, presa pelos laços indestructiveis de uma doutrina e de uma solidariedade moral profunda” (M. T. B., 1937, p. 1)”. A família na doutrina corporativista integralista representa uma parte do todo, uma parcela de um corpo integral, um núcleo verde em uma localidade.

Logo, para M. B. T., o Integralismo iria resistir ao tempo se a “família brasileira” ficasse de pé, conforme apontou no excerto a seguir: “Na realidade o integralismo de Norte a Sul, de Leste a Oeste, é uma só familia. Quando lhe ameaçaram de fechar as sédes, o Chefe Nacional teve forças para responder: “Melhor. Não pagaremos aluguel. Nossas sédes serão desdobradas. Augmentarão em numero e qualidade. Cada casa de um camisa-verde será uma séde”. Donde se concluia que para acabar com o Integralismo era necessario extinguir a familia brasileira. E que o Integralismo é um movimento que traz em seu bojo o sentido profundo da familia, ninguem o nega. Elle é a grande familia brasileira que se ergue forte contra o relaxamento oriundo do liberalismo judaico; e contra os intentos dissolventes do bolchevismo” (M. T. B., 1937, p. 1).

Anticomunismo

Ainda que os projetos políticos expressados por esses autores carreguem particulares diferenças no âmago do espectro das direitas, esses artigos evidenciam um ponto chave em comum entre elas: o anticomunismo. Segundo Rodrigo Patto de Sá em sua obra “Em guarda contra o “Perigo Vermelho”: o anticomunismo no Brasil (1917-1964)” (2002), o combate ao comunismo ganhou considerável efervescência durante as décadas de 1930 e 1940 no Brasil. As páginas do jornal Correio do Povo são um reflexo disso, seja através de seus colunistas ou de publicações via copyright de agências e órgãos federais do período.

Na edição N° 198 do periódico, foi publicado o artigo “Combatamos o Communismo” (1937) de C. R.. Nesse texto, o autor aponta que a imprensa brasileira seria “a maior arma de prophylaxia social, e de cujo patriotismo” já havia “dado abundantes provas”, uma vez que ela enquanto “vanguarda da acção defensiva de nossas instituições que deu o grito de alarme, denunciando as conspirações bolchevistas que vinham solapando os alicerces da nossa liberdade”. De acordo com Motta (2002, p. 1), a repressão e a propaganda anticomunista — acentuada por C. R. — no Brasil apareceu logo depois da Revolução de 1917, que teve importante influência na Greve Geral realizada no mesmo ano. Segundo ele, essa propaganda contou com o apoio da “ação estatal, grupos da sociedade civil (empresários, intelectuais e religiosos)”, que “se lançaram ao campo de batalha” contra o bolchevismo, pois, principalmente, após a “Intentona Comunista” (1935), se construiu o imaginário aterrorizado de ameaça da ordem social que o comunismo poderia causar (MOTTA, 2002, p. 1-2).

Tendo esse cenário em vista, C. R. apontou em seu artigo que a missão e as energias da imprensa brasileira deveria prestigiar as “nossas autoridades na implacavel campanha contra o communismo afim de que ella seja um facto, uma campanha verdadeiramente de exterminio completo”, que o “dever patriotico” da mesma era “promover a reeducação moral e civica da mocidade” e “iniciar uma lucta sem treguas contra as ideias de desintegração da patria e da dissolução dos costumes” (C. R., 1937, p. 1). Conforme Stéphane Boisard (2014, p. 94), depois da revolução bolchevique criou-se, “então, um inimigo fantasma que seria capaz de destruir a nação ideal, colocando em questão o princípio de unanimidade, herdado desde o período colonial.”

Por isso, essa construção do comunismo como “inimigo do genero humano” (CORREIO DO POVO, 1938d, p. 1) e promotor da “infelicidade coletivo”, da “miseria” e da “industrialização criminosa do trabalho humano” (CORREIO DO POVO, 1938a, p. 1) foi uma tarefa abraçada pela indústria cultural, que via na ascensão do proletariado internacional uma ameaça real ao grande capital, Segundo Motta (2002, p. 214), o mecanismo propagandístico anticomunista foi tão bem sucedido no Brasil em “consolidar na mentalidade popular uma imagem execrável dos comunistas”, com o apoio do Estado, que “fora aparelhado”, para “reprimir qualquer tentativa subversiva” em território nacional, que ocorreu uma “visível […] redução da ansiedade em torno desse tema” nos órgãos de propaganda em 1936.

Motta, ainda assinala em sua obra, que “dado o fator internacional presente no embate comunismo/anticomunismo, as versões divulgadas sobre o que seria a realidade vivida na URSS e nos outros países socialistas tornou-se questão fundamental” para o avanço da propaganda anti-bolchevista. “Pode-se dizer que foi travada uma verdadeira batalha em torno das representações relacionadas à ‘pátria do socialismo’” e ao tratamento das relações sociais organizadas pelos soviéticos. Prova disso, é o artigo “Mais um operario desiludido das mentirosas promessas do communismo” (1938), da Comunicação da Agência Nacional, publicado na edição N° 209 do jornal Correio do Povo.

Nesse texto, o autor expressou a experiência de desilusão com o socialismo sofrida pelo operário estadunidense chamado Frederico E. Beal e como ele teria abandonado o “credo vermelho” depois de retornar aos EUA. Beal, autor do livro de memórias “Viagem de um proletario: Nova Inglaterra, Gasconha e Moscou” (1937), relatou que “preferiria achar-se na pior das prisões americanas a viver na União Sovietica” e que a amargura que sentiu ao ver proletários, acusados de traição, sendo fuzilados, enquanto nos EUA ele havia participado de manifestações que pediram a liberdade de Nicola Sacco e Bartolomeo Vanzetti (CORREIO DO POVO, 1938b, p. 1).

Todavia, é importante frisar que o livro foi escrito quando Beal retornou aos EUA, o que demonstra as motivações para que a sua obra tenha ganhado repercussão tanto na América quanto na Europa — continentes em que a indústria cultural mais investiu na propaganda anticomunista. Uma questão interessante que o artigo presente no N° 209 do periódico acabou não desenvolvendo por alguma escolha, foi o caso dos trabalhadores Sacco e Vanzetti. Esses dois anarquistas e imigrantes italianos foram responsabilizados pelo assassinato a tiros de um guarda e do contador de uma fábrica na cidade de South Braintree, Massachusetts, nos EUA, no dia 15 de abril de 1920 (TOLEDO, 2019).

De acordo com Edilene Toledo (2019), no final do processo, “os dois foram condenados à morte e executados, na cadeira elétrica, em 23 de agosto de 1927. Os indícios contra eles eram muito frágeis e manipulados. Mesmo quando o verdadeiro autor dos crimes confessou, Sacco e Vanzetti não tiveram direito a revisão do processo e nem clemência”. Desse modo, é possível notar que as condições dos trabalhadores no “país da liberdade” não eram tão favoráveis como indicou Beal em seu relato, uma vez que as normas jurídicas que regem o sistema liberal capitalista nasceram para favorecer a burguesia dominante e não a classe trabalhadora explorada.

Correio do Povo e seu editorial conservador

Portanto, esse artigo revela ao público a presença de vozes representantes das direitas, assim como o destaque dado pela linha editorial jornalística ao anticomunista, nas primeiras páginas das edições do periódico Correio do Povo durante a década de 1930. Sendo assim, esse texto evidencia que a guinada à direita que o município de Guarulhos vem sofrendo, não é um fato raro ou novo. É a ascensão de movimentos e pensamentos presentes no século XX, que ficaram escanteados ou ignorados do debate público municipal durante os governos do Partido dos Trabalhadores (PT), que não conseguiu mais retornar ao poder executivo da cidade. Isto posto, fica nítido que as forças progressistas locais e as universidades presentes em Guarulhos possuem a emergencial tarefa de desocultar as direitas guarulhenses do ontem e do hoje devido à escassez de estudos sobre essa temática.

Notas de rodapé

[1] Sobre o que seria uma think tank: “Os think tanks podem ser definidos de modo mais genérico como instituições permanentes de pesquisa e análise de políticas públicas que atuam a partir da sociedade civil, procurando informar e influenciar tanto instâncias governamentais como a opinião pública no que tange à adoção de determinadas políticas públicas. Essas instituições, que podem ser independentes ou associadas a grupos de interesse específicos, costumam atuar como uma ponte entre a academia e demais comunidades epistêmicas e a esfera pública, na medida em que traduzem resultados de pesquisas especializadas para uma linguagem e um formato que sejam acessíveis para implementadores de políticas públicas e para a população em geral. Tendo isso em vista, é possível dizer que, em geral, o modo de atuação dos think tanks é pautado por sua localização em um espectro que vai do “profissionalismo politicamente desinteressado” em um extremo ao “ativismo político orientado ideologicamente” em outro, o que altera substancialmente os tipos de estratégias de persuasão e convencimento adotadas por essas organizações para influenciar o processo político de formulação e implementação de políticas públicas (ROCHA, 2015, p. 261)”.

[2] Sobre o jornal Correio do Povo, ver: BUENO, Júlio. Miguel Parente e o jornal Correio do Povo. AAPAH. Guarulhos, 29 jun. 2021. Artigos. Disponível em: <https://aapah.org.br/2021/06/miguel-parente-e-o-jornal-correio-do-povo-de-guarulhos/ >. Acesso em 18 dez. 2021, às 13h05.

[3] O poeta Menotti del Picchia, filho de imigrantes italianos, ingressou jovem na Faculdade de Direito, concluindo o curso em 1913. Em 1922, se tornou o redator político do jornal Correio Paulistano, vinculado ao Partido Republicano Paulista (PRP). Durante a Semana de Arte Moderna (1922), ele defendeu arduamente por meio das páginas desse periódico as ideias do seu grupo intitulado Verde-Amarelo, fundado conjuntamente com Plínio Salgado, Cândido Mota Filho, Alfredo Ellis e Cassiano Ricardo. Foi eleito em 1926 deputado estadual por São Paulo pela legenda do PRP. Em 1928, foi reeleito para o mesmo cargo. Em 1932, foi um dos signatários do Manifesto do PRP de 1932 em que se posicionavam contra o governo federal de Getúlio Vargas. Dois anos depois, ele iria colaborar em algumas edições do jornal A Offensiva, ligado à Ação Integralista Brasileira, apesar de não ter se filiado em nenhum momento ao partido. Em 1939, foi diretor da seção paulista do Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP) durante o Estado Novo varguista (MAYER, s. d.).

[4] De acordo com Rodrigo Patto de Sá (2002, p. 180-181), “a radicalização dos “extremistas”, uma expressão que entrou em voga à época e, dependendo do contexto, podia significar somente comunismo ou os dois extremos (comunismo e integralismo) ao mesmo tempo, levou o Estado a considerar necessário editar uma legislação específica para a defesa da ordem, a Lei de Segurança Nacional (LSN)”.

[5] Nascido em em 6 de novembro de 1910, na cidade de São Bento do Sapucaí, Miguel Reale era filho do ex-oficial médico militar do exército italiano Brás Giordano Reale e da dona  Felicidade Vieira da Rosa Góis Chiaradia Reale. Formou-se no curso de Direito pela Faculdade de Direito de São Paulo, no Largo São Francisco. Na AIB, ocupou o cargo de secretário nacional de doutrina e diretor da revista Panorama e do jornal Acção (SP), além de ser um colunista frequente nas páginas de A Offensiva (RJ). Ele se desligou da AIB em 1943 após aceitar o convite de Getúlio Vargas para compor um cargo no Departamento Administrativo do Estado de São Paulo durante o regime do Estado Novo. Foi autor de diversos livros, entre eles ABC do Integralismo (1933) e O Estado Moderno (1934) (COUTINHO, s. d.).

[6] Os integralistas brasileiros também eram conhecidos como camisas-verdes devido a cor da parte superior do uniforme que utilizavam em reuniões, passeatas, comícios públicos e outras circunstâncias.

Referências bibliográficas

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COUTINHO, Amélia. Miguel Reale. CPDOC-FGV. Rio de Janeiro, [s. d.]. Verbete. Disponível em: <http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-biografico/reale-miguel >. Acesso em 18 dez. 2021, às 10h;

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