Contramestra Nega Tana: Uma Jornada de Resistência na Europa

Texto enviado pela Grupo Capoeira ECE Brasil

Roseane Maria da Silva, mais conhecida como Contramestra Nega Tana, é uma figura essencial na preservação e disseminação da capoeira e das danças populares afro-brasileiras em Guarulhos, São Paulo. Com 40 anos de idade e 24 anos dedicados à capoeira no bairro dos Pimentas, ela se prepara para uma experiência transformadora: sua primeira viagem à Europa.

Contramestre Nega Tana recebeu um convite de grande prestígio para participar do Campeonato Europeu de Capoeira, organizado pela Casa de Bambas Capoeira (CBC), fundada por Diego Goulart em Hamburgo, Alemanha. Este evento, que reunirá capoeiristas de mais de 20 países nos dias 21 e 22 de setembro 2024, é um marco não apenas em sua carreira, mas também na representação de mulheres pretas, periféricas, mães e educadoras na capoeira.

Atualmente, Nega Tana trabalha na Fábrica de Cultura Jaçanã e Vila Nova Cachoeirinha, onde é uma protagonista e referência feminina para seus aprendizes, inspirando e orientando jovens através de sua prática e vivência.

Integrante do grupo Capoeira E.C.E Brasil e aluna do Mestre Dinho Caruaru desde a fundação do grupo, Nega Tana tem sido uma força motriz no desenvolvimento de um trabalho de enorme importância social, ao lado de seu irmão de capoeira e sangue, Contramestre Nego Pantera, e de seus filhos, Formado Canarinho e Estagiário Pipoquinha, ambos também capoeiristas.  Juntos, eles preservam e difundem a rica herança cultural da capoeira e das danças afro-brasileiras, influenciando positivamente suas comunidades.

Além do campeonato, Nega Tana participará do VII Workshop Madeira de Lei, organizado pelo Instituto HUMAITÁ Capoeira sob a coordenação do Mestre Tubarão e a organização do Professor Formigão, de 16 a 20 de setembro. Este evento complementa sua jornada de aprendizado e partilha de saberes, reforçando a importância de sua presença e contribuição em palcos internacionais.

A participação de Contramestre Nega Tana na Europa não é apenas um reconhecimento de sua trajetória, mas também uma reafirmação do poder da capoeira como ferramenta de resistência e transformação. É uma conquista que reverbera não apenas para ela, mas para toda a comunidade que se espelha em seu exemplo de perseverança e luta.

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